quarta-feira, agosto 30, 2006

Parte XV

«- Oh! Meu Deus!»
«- Pois é, menina! Eu não queria incomodar mas achei que era um assunto que tinha que ser a menina a resolver. Nem chamei a polícia!»
«- Fez bem Dona Isabel! Eu vou p’raí assim que arranjar comboio, mas tenho que acertar as coisas com os meus colegas. Olhe…eu já lhe ligo para confirmar, pode ser?»
«- Pode, pode! Até logo.»
«- Até logo e obrigado!»



Eu não acredito, ele é louco! Vai pagar o arranjo da porta, ai vai! E eu não quero voltar já para casa, se o fizer ele vai conseguir o que queria!



«- Passa-se alguma coisa?»
«- Nada de grave, era a porteira lá do prédio, os vasos da minha varanda caíram com o vento. Ela queria saber quando volto e o que fazer.»
«- Ah! Mas achas que tens que voltar tão cedo?»
«- Não! Eu fiquei de lhe voltar a ligar, vou pedir-lhe que tome conta das coisas por mais uma semana.»
«- Ok, mas se for preciso ajuda, ir deixar-te ao comboio por exemplo…’tás à vontade!»
«- Obrigado Marta, mas não vai ser preciso!»



Não vai levar a melhor, vai ter que ficar agarrado ao pijama por mais uma semana…



«- Estou? Dona Isabel?»
«- Olá menina, então já decidiu?»
«- Pois. Olhe, a sra. Consegue controlar as coisas por mais uma semaninha? Eu depois chamo alguém para compor a fechadura, não se preocupe!»
«- Sim sr.! Não há problema. E o que é que faço às flores?»
«- Nada, D. Isabel, deixe-as estar…»
«- Pronto, a menina é que sabe!»
«- Obrigado mais uma vez e até para a semana!»
«- De nada, adeus!»