quinta-feira, novembro 24, 2005

O Pijaminha Indecente - parte VI


Estou a escorrer, sinto um arrepio percorrer-me a espinha à medida que me dirigo para o quarto, nua, onde o encontro de olhos fechados na minha cama com o meu pijama nas suas mãos... Tiro-lho e é então que ele abre os olhos, de volta ao mundo real, e se apercebe da minha presença! A sua expressão ao ver-me vestir o pijama deixa trespassar o seu desejo de tocar o meu corpo por debaixo daquela peça de roupa... Sinto-o extasiado a olhar-me e, com malícia, aproveito-me da sua fraqueza... Dirigo-me ao outro lado do quarto sentindo-o a observar-me, os seus olhos a perderem-se pelo meu corpo deixando-me nua, todavia ele está lá, se bem que indecente, o pijaminha! É então que ele se levanta, lenta mas determinadamente, e atravessa o quarto... Os seus lábios roçam-me o pescoço, as suas mãos procuram o meu ventre... Resisto por instantes ao seu toque mas pouco depois as minhas barreiras abandonam-me e entrego-me sem pensar! O calor específico do seu corpo inebria-me, a sua presença deixa-me segura ( Como é possível combinarmos tão bem? Quem diria que estaríamos aqui neste momento...). Os nossos corpos funcionam em sintonia, os beijos combinam. O ambiente torna-se cada vez mais erótico bem como o desejo, de tal modo que só os seus beijos são capazes de sufocar a loucura dos nossos corpos colados ainda por saciar, cheios de pressa por sentir! Perdemo-nos em jogos proibidos e pouco depois o pijama já me está a abandonar outra vez, o sacana!...

quinta-feira, novembro 17, 2005

Capítulo V

Enquanto o som de água quente a percorrer o corpo de mulher se ouve ao longe, o meu olhar fixa-se no pijama. Que obsessão é a minha por uma simples peça de roupa? Em vez de sair deste quarto vazio de presença humana e seguir o som da água onde sei que me esperam dois braços quentes para me envolverem, continuo aqui, sentado na cama, à luz ténue da lua cheia e saboreio…

Saboreio este momento sozinho com o pijama. Há momentos que só se devem saborear a sós, este é um deles. O pijaminha foi deixado no chão, ao acaso… I n d e c e n t e m e n t e… Os meus olhos vasculham o quarto em busca de algo que me possa salvar desta doce tentação mas não vou a tempo, uma aura azul cresce em torno do pijama iluminando a cama onde estou, iluminando-me. “Vem até mim”, parece ele dizer com uma voz de súplica, de entrega total, de quase desespero. Quem pode assim resistir a tal chamamento? Eu não. Levanto-me e dou dois passos curtos. Tenho medo. Tenho medo daquela indecência prostrada no chão que piso. De repente, algo me invade…Um calor arrepiante que me queima as entranhas, um calor ardente que caminha pelo meu corpo inteiro deixando pegadas por onde passa, um calor profano e indecente de excitação. Agarro sofregamente o pijaminha, fecho os olhos e deixo que o seu cheiro fatal me embriague os sentidos…

O Pijaminha Indecente - Capítulo 4

Ela:

Empurro a porta do quarto e saio...ele ficou fixo no pijama, o porquê? Deixei de conseguir perceber...

Vou tomar banho...percorro o corredor às escuras, o meu vulto recorta-se na luz do quarto sem que roupa nenhuma me estrague a silhueta...Entro na casa de banho e ligo apenas a luz do espelho, ténue. À medida que entro lentamente na banheira penso em como o desejo pode misturar almas e corpos, tento perceber a forma como ele me despiu, como me desejou por momentos, arriscando o limite...

A água cai na minha pele, quente, provocadora, sensual...esqueço o que se passou no quarto, visualizo na minha mente o meu corpo dentro do maldito pijama...o fulgor que o consome, a serena astúcia do pecado que me conduz as mãos pela área que outrora pertencera ao pijama...porque ardo de desejo? Não percebo, mas começa a agradar-me...

Gosto de sentir a água cair...gosto da sua suavidade constante, do seu toque insistente, da calma com que avança sem pedir licença...quente, quase tão quente como o atrevido pijama...e o porquê desse deleite obsessivo pelo pijama, não o entendo, mas neste momento também não quero entender, quero apenas desfrutar da água, da luz quente, das minhas curvas recortadas no vidro, do meu corpo reflectido no embaciado do espelho...de mim, só, sem o pijama...

quarta-feira, novembro 16, 2005

Capítulo II

Subitamente imagino-me já naquela divisão pecaminosa, meu corpo de repente em nudez...minha menina traquina dançando algures (talvez junto da lua – não importa agora) e já só a sua túnica de anjo, seus despojos da queda à vã condição mortal – asas mortas jazendo pelo chão (finalmente, para absolvição do meu pecado) mas (Oh tentação!) bem à vista da minha companhia; perdição de todas as minha possíveis boas intenções de purificação e alimento da minha violenta obsessão...
De algodão fino azul, suave como a luz da madrugada, perverso e louco como as chamas que ardem no inferno, verdadeiro símbolo do pecado e da indecência, estava largado no chão, o pijaminha. Sereno e tentador, era como se olhasse para mim desesperado por sentir o meu corpo junto ao dele, podermos viajar através de um mundo de fantasias e ilusões apocalípticas, de nos erguermos bem alto e gritar ao mundo a felicidade, embora embebida de indecência, partilhada apaixonadamente por nós. Passei as mãos suavemente pelo meu corpo nu, senti o húmido dos meus lábios, o calor infernal do meu peito ardente de desejo e olhei outra vez para o chão com amargura. O pijama continuava lá estendido, perfeito, belo e brilhante como safira pura num colar de ouro cintilante. Ele chamava por mim, ele desejava-me ansiava-me! Oh que amor, que ternura, que pecado! Foi então que no mais íntimo do meu inconsciente decidi aproximar-me...

Ode ao pijaminha indecente (um caso de fetichismo sério)



E foi assim que tudo começou..poderia não ser mais do que um mero devaneio resultante de alguma obcessão um tanto ou quanto contorversa de alguma alminha perdida qualquer ( as nossas alminhas perdidas talvez)..mas ( e não fossem as veduras de Teoria) pela maravilhosa arte das palavras e graças ao grande mundo da blogosfera ficará aqui sempre inscrito, como prova da nossa alma trovadora ( e da nossa perversidade total também)!


Enjoy our madness =D

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depois de almoço; um sol gelado de inverno...


Fecho os olhos lentamente à luz cruel do dia, em busca daquela visão de azul (ainda o sonho da noite passada), quase imaculada, colada á tua pele (quase profanamente), denunciando as tuas formas ariscas, proporcionais ao Divino – a curva dos teus seios, o descer da tua cintura, o volutear das tuas coxas...Sim...delírio prolongado-se em êxtase até aos teus pézinhos de bailarina (minha menina traquina)...Páro. Fixo-me num só ponto – o teu umbigo (peça única do teu corpo de anjo caído) – cereja apetecível posta a descoberto à tentação (para os meus pecados) de trincar...e já a minha língua o beijando e as minhas mãos sentindo o teu tremer…

AI!

Esse maldito pijama - indecente! - Sim indecente!! Que me faz assim descer a este desejo – ardente, louco e inconsequente – este desejo que só poderia descansar (e no meu peito deixar de arranhar) quando este (finalmente), longe da minha vista, repousasse, largado pelo chão!!!...

terça-feira, novembro 15, 2005

O busílis

Hei-lo...o verdadeiro.....o causador de toda esta inquietação...e muito está ainda para vir....!!