domingo, julho 23, 2006

«-Estou sim menina, desculpe lá chateá-la durante as férias, mas surgiu um problema

Era a porteira. Que chatice, que se terá passado?

«-A noite passada alguém arrombou a porta e entrou em sua casa.»

«-Oh meu Deus, levaram ou partiram alguma coisa???»

«-Sabe menina, algo de muito estranho se passa. É que alguém deixou flores de jasmim e um cheirinho delicioso por toda a casa e um bilhete em cima da cama. Diz:
"Não te encontro. Tive de vir buscar uma parte de ti.Quando voltares procura-me para to vestir. Só contigo ele ganha vida e cheiro.Volta depressa."»

(...)

segunda-feira, julho 17, 2006

Parte XIII


O teu toque tão suave, tão inesperadamente delicioso. A primeira vez que me viste…não, a primeira vez que olhaste para mim, adormeceste os olhos no meu corpo e ficaste encantado com o meu pijama. Esse pijaminha indecentissimo. E aquele fim de tarde repetiu-se tantas vezes. Chegavas cansado, batias à minha porta com arrogância e quase nem falavas, eras consumido pela aura erótica do desgraçado do pijama. Um dia disse-te que o ia deitar fora, destituiste-me imediatamente da ideia…acho que gostas mais do pijama do que de mim.
E agora imagino-te desesperado a vigiares a minha porta à espera de uma notícia, um contacto…mas nada. Eu estou de férias com amigos, e como nunca procuraste mais formas de me contactar, vais esperar e quem sabe desesperar até que o pijama e a sua dona voltem para trás dessa porta de madeira que olhas saudoso.