terça-feira, maio 29, 2007

Blog com Tomates


O blog O Avesso dos Ponteiros ofereceu-nos o prémio blog com tomates! isn't it cool?? obrigado!!!


Agora nós, suponho que estes serão as escolhas mais óbvias, mas colegas de blog se estiver errada censurem-me!!


Camisinha Xocolatxi


Horas e Horas


Pacote 33


Eu também falo com a Eliza


Empanicados


=)

segunda-feira, maio 07, 2007

Parte XXV

04h00, Casa da Letícia

Ela está sentada no chão da sala, o corpo encostado ao sofá azul. A mente cansada e confusa divaga...lembra momentos tórridos de uma noite sem fim.

Todo o clima de sedução, a música a funcionar como íman e a aproximar os corpos quase involuntariamente. O ritmo a sugerir movimentos sensuais...



Era uma noite como as outras, ela tinha saído para se divertir sem pensar em encontrar alguém que lhe aquecesse a alma e o corpo. Mas ele estava lá, o vizinho com quem já não falava há tanto tempo.



Aproximou-se como um desconhecido e sussurrou-lhe um “olá” familiar ao ouvido. O toque da sua respiração no pescoço dela foi o bastante para lhe provocar uma reacção acesa pelo corpo todo. Dançaram como cúmplices do pecado que inconscientemente já sabiam que iam voltar a cometer.



As mãos dele deslizavam com astúcia pela cintura dela e revelavam a arte de quem conhece a força do desejo. Os lábios sensuais encostados à pele quente e delicada do seu pescoço...e ela lembra os seus lábios sequiosos e palpitantes de cada vez que o calor dos corpos unidos a fazia querer mais.



Toques, beijos...como se fosse a primeira vez que se encontravam.



Mas havia algo de diferente, algo que faltava. Ao chegarem a casa, o desejo dos dois sabia o rumo a tomar...No entanto, ao entrarem em casa dela, ele parou-a e sem grandes explicações disse que não conseguia e desapareceu atrás da porta de sua casa.



Letícia revolvia as memórias sem saber o que pensar. Sem dar conta e sem perceber porquê lembrou-se de que alguém lhe tinha roubado o seu pijama mas não acreditou que tinha sido ele.

domingo, maio 06, 2007

A primavera chegara por fim e acordara-lhe os sentidos.
Ele ficara estranho contudo.
Desde essa fatídica noite de escaldantes roços no tapete quente da sala, ele parecia evita-la... O receio do toque, o beijo frio a medo, os olhares comprometedores como se a olhasse pela primeira vez, distante, diferente.
Tentara iniciar diversas conversas que lhe descortinassem o porquê daquele espírito inquieto agora, tanto tempo depois, mas os seus olhos fugiam dos dela, como se lhe furassem uma alma que ele julgava estar corrompida até ao final dos seus tempos...
Ela dava voltas em casa, sozinha, às escuras, pensando e repensando o poderia ter feito de mal. Ele uivara de prazer quando ela o segurara firme com ambas as mãos, derretendo-se por inteiro sob um corpo moreno e pouco sereno. O seu sexo pulsara nas suas mãos e ela sabia que determinara assim a velocidade, a intensidade, a profundidade do bater daquele coração.
Ainda que de uma forma rude e grosseira, pouco romântica ou idílica, ela determinara o seu ritmo, fazendo-o gemer e contorcer-se, deixando-o expôr-se a seu bel prazer...
Tal tenha sido isso, pensou, sentiu-se invadido, violei o seu espaço sexual, exigi demasiado...
Não exigira. Mas quem se daria agora era ela, expondo-se, fazendo de si marioneta de um prazer bruto e fero, que chegaria pelas 21, vindo do escritório.