domingo, maio 06, 2007

A primavera chegara por fim e acordara-lhe os sentidos.
Ele ficara estranho contudo.
Desde essa fatídica noite de escaldantes roços no tapete quente da sala, ele parecia evita-la... O receio do toque, o beijo frio a medo, os olhares comprometedores como se a olhasse pela primeira vez, distante, diferente.
Tentara iniciar diversas conversas que lhe descortinassem o porquê daquele espírito inquieto agora, tanto tempo depois, mas os seus olhos fugiam dos dela, como se lhe furassem uma alma que ele julgava estar corrompida até ao final dos seus tempos...
Ela dava voltas em casa, sozinha, às escuras, pensando e repensando o poderia ter feito de mal. Ele uivara de prazer quando ela o segurara firme com ambas as mãos, derretendo-se por inteiro sob um corpo moreno e pouco sereno. O seu sexo pulsara nas suas mãos e ela sabia que determinara assim a velocidade, a intensidade, a profundidade do bater daquele coração.
Ainda que de uma forma rude e grosseira, pouco romântica ou idílica, ela determinara o seu ritmo, fazendo-o gemer e contorcer-se, deixando-o expôr-se a seu bel prazer...
Tal tenha sido isso, pensou, sentiu-se invadido, violei o seu espaço sexual, exigi demasiado...
Não exigira. Mas quem se daria agora era ela, expondo-se, fazendo de si marioneta de um prazer bruto e fero, que chegaria pelas 21, vindo do escritório.

3 comentários:

João G. disse...

é bom o pijaminha tar d volta! gostei do texto! VIVA a Primavera! ***

Anónimo disse...

essa ida a rio maior...hm... tá bem táa! *

T. disse...

ooohh pijama rules!!!

inspiração inspiração!!!


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