sexta-feira, maio 29, 2009

Aquele encontro inesperado...há muito esperado

Letícia caminhava distraída, a mente divagava entre os contornos do fim de semana e as tarefas planeadas para aquele dia. E de repente, num olhar desatento, encontra uma cara familiar... Ricardo.
Ele também a viu. Assim, sem pré-aviso e sem filtro, sentiu os pulmões apertados e não conseguiu evitar um sorriso. As palavras enrolaram-se na garganta, num angustiante atropelo de hesitações, e as mãos ficaram frias e a suar, num conjunto de sensações que provavam a indiferença impossível em relação a Letícia.
Também ela percebeu que aquela paixão de infância não tinha esmorecido. O coração acelerado e a pele em em alvoroço eram apenas alguns sinais da atracção que ainda sentia por ele. Cruzaram-se e falaram. Num convite para um café, ficaram lembranças revisitadas e sentimentos recuperados por instantes.
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E num impulso Ricardo arrastou-a para sua casa, vazia, livremente auspiciosa, e envolveu-a em si. Queria matar saudades, aproveitar tudo o que não tinham aproveitado em tempos mais inocentes... e, apesar da resistência, Letícia acabou por ceder ao homem que sempre desejou em segredo. Deixou-se levar pelo momento, quase com vontade de o provocar, recuperando a inocência há muito perdida. Mas já estava cansada de esperar, queria-o e queria-o já, "de um querer bruto e fero" como um dia escreveu Almeida Garrett.
Ricardo não se demorou a arrancar-lhe a roupa já de verão, ela beijou-lhe o pescoço com languidez. A língua lasciva de Letícia percorreu a pele do corpo másculo e bem delineado que tinha à sua frente, provocando-lhe arrepios. Ele segurou-a com firmeza pela cintura, apertou-a contra si, sentiu-lhe o bater do coração. Sentiu-lhe o calor e, a cada investida, Ricardo excitava-se mais ao ver as faces de Letícia coradas de prazer. Imaginava-a na pele da menina ingénua e inocente que não tinha tido oportunidade de provar, ao mesmo tempo que se agarrava ao corpo de mulher. Tão sensual e tão quente.
Os sentidos entrelaçados, sensações inesperadas e um desejo quase tangível que os acompanhou até a tarde acabar e a vida reclamar o regresso.

3 comentários:

Otodectes cynotis disse...

Ó meninas, estas coisas não se publicam num fim-de-semana destes, com alertas de onda de calor e tudo!
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T. disse...

quente demais para ti?...

B. disse...

Nothing it's ever too HOT!