Passou pela dona Isabel ao entrar no prédio, cumprimentou-a e seguiu.Subiu as escadas num passo pesado e arrastado. Cansada. Ao chegar à sua porta reparou imediatamente num embrulho de papel reciclado, enleado com fita vermelha. O bilhete estava entreaberto. Letícia hesitou, pegou-lhe com cuidado e leu de um fôlego só.
Seria possível? O pijaminha? Pegou cuidadosamente no embrulho e levou-o para dentro. Sentou-se na poltrona e com desenlace nos dedos abriu-o. Ali estava ele suave, azul. Letícia suspirou e inalou um subtil aroma a lavanda. Está lavado, pensou. Mas já não tinha o cheiro dela, sem pressas decidiu voltar a lavá-lo - não fazia ideia de onde teria estado o pijaminha e não queria pensar nisso. As possibilidades que lhe asssomavam a mente provocavam-lhe arrepios.
1 comentário:
Seu texto me recordou um conto muito safado que escrevi há alguns anos:
http://www.casadoscontos.com.br/texto/200601979
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