terça-feira, abril 20, 2010

Pedi-te que saísses com descrição do prédio, não queria que te vissem - especialmente o Miguel... Que explicação teria para que saísses de camisa em punho e peito ainda suado, de minha casa, que quase partilho, paredes meias, com as dele? Não demoraria dois segundos a perceber que aqueles gritos, os risos, os gemidos, eram os teus.
Olhaste-me como se te usasse mas sei que não estiveste comigo esta noite. Outras curvas, outros olhos toldavam-te a mente [e tu achas que eu não te conheço?] mas às vezes, sexo era só sexo e quis-te mostrar que hoje, fizeste com que assim fosse.
Estava cansada de tanta noite de suor desmedido sem um beijo doce pela manhã, mas não era isso que queria para mim. Ia parar. Ia parar com as noites de perdição contigo e com ele, o stress absoluto para que nenhum soubesse de como o outro me fazia gemer.
Pensei em escolher... mas como? Tu com o teu corpo de deus grego [que maior cliché, mas a verdade é que ninguém saiu melhor esculpido], ele com as palavras e um olhar que me deitava por terra e me deixava a pedir [implorar, lembras-te Miguel? Não seria a primeira vez...] por mais...
Por isso ia parar. Para já, só queria parar...

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